quinta-feira, 7 de março de 2013

Saúde Ocular: Saiba quais são as doenças desenvolvidas em cada fase da vida e os tratamentos adequados



Acompanhamento de um Oftalmologista deve começar já na maternidade

Para ter uma vida saudável, as pessoas normalmente se preocupam em praticar exercícios físicos e ter uma boa alimentação. Muitos se esquecem, porém, da saúde dos olhos. A saúde ocular segue uma linha do tempo como a vida. Em cada fase do desenvolvimento, os pontos de atenção observados pelos oftalmologistas mudam. Por isso, a prevenção e o check-up regular é a maneira mais fácil de evitar doenças.

De acordo com o oftalmologia e especialista em córnea, Leonardo Gontijo, a primeira avaliação deve ocorrer ainda na maternidade, com o teste do olhinho. O exame consiste em avaliar o reflexo-vermelho e mapear a retina com o intuito de prevenir e tratar algumas doenças, entre elas a catarata e o glaucoma congênitos, a ambliopia, o estrabismo, os erros refracionais e o retinoblastoma - que pode levar à cegueira se não tratado nos primeiros dias de vida.

Antes de completar um ano, a criança deve retornar ao oftalmologista para averiguar se está com todas as condições para desenvolver sua visão com qualidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, nos dois primeiros anos de vida deve ser feito um exame criterioso a cada seis meses. Passada essa fase, e se tudo estiver normal, um exame anual é suficiente até que a criança complete oito ou nove anos de idade - fase na qual se encerra o desenvolvimento da visão.

Adolescência

Entrando na adolescência, a partir dos treze anos, os pais devem estar atentos ao aparecimento de irregularidades visuais como o ceratocone, uma condição degenerativa e progressiva da córnea com padrões hereditários de transmissão. O ceratocone é caracterizado por um afinamento e encurvamento progressivo da córnea central ou inferior. Essa alteração provoca deformação das imagens, com aumento da miopia, astigmatismo regular e astigmatismo irregular.

“O indivíduo com ceratocone apresenta sintomas frequentes como coceira nos olhos, visão dupla, distorcida ou embaçada, mudança do grau dos óculos e aversão à luz. Podem ocorrer também dores de cabeça”, explica o oftalmologista. A falta de informação, o diagnóstico tardio e os tratamentos inadequados podem ser os principais vilões da doença, sendo responsáveis pelo aumento do número de casos crônicos. Nos últimos 15 anos, o registro de ceratocone aumentou significativamente no Brasil, talvez pela maior capacidade de detecção da doença. O maior medo entre os pacientes é a perda da visão, mas com os modernos tratamentos pode-se estabilizar sua evolução e recobrar uma boa visão.

Fase adulta

A partir dos 40 anos, a ida ao oftalmologista deve ser feita com regularidade. Um dos principais fatores da busca pelo especialista é a dificuldade de visão decorrente da presbiopia, popularmente chamada de vista cansada. Há uma grande variedade de soluções para corrigir a presbiopia, que vai desde as tradicionais lentes multifocais nos óculos - que possibilitam ajuste de visão para longe e perto – até as alternativas para descartar o uso de óculos com as cirurgias corretivas a laser ou mesmo com lentes de contato.

Deve-se a partir desta fazer observar a pressão ocular em todas as visitas ao oftalmologista.

Já na terceira idade, destacam-se a catarata (opacificação do cristalino), doenças da retina ou retinopatia (principalmente a degeneração macular) e o glaucoma como as principais causas de diminuição da visão.

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