Acompanhamento de um Oftalmologista deve começar já na maternidade
Para
ter uma vida saudável, as pessoas normalmente se preocupam em praticar
exercícios físicos e ter uma boa alimentação. Muitos se esquecem, porém, da
saúde dos olhos. A saúde ocular segue uma linha do tempo como a vida. Em cada
fase do desenvolvimento, os pontos de atenção observados pelos oftalmologistas
mudam. Por isso, a prevenção e o check-up regular é a maneira mais fácil de
evitar doenças.
De
acordo com o oftalmologia e especialista em córnea, Leonardo Gontijo, a
primeira avaliação deve ocorrer ainda na maternidade, com o teste do olhinho. O
exame consiste em avaliar o reflexo-vermelho e mapear a retina com o intuito de
prevenir e tratar algumas doenças, entre elas a catarata e o glaucoma
congênitos, a ambliopia, o estrabismo, os erros refracionais e o retinoblastoma
- que pode levar à cegueira se não tratado nos primeiros dias de vida.
Antes
de completar um ano, a criança deve retornar ao oftalmologista para averiguar
se está com todas as condições para desenvolver sua visão com qualidade. De
acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, nos dois
primeiros anos de vida deve ser feito um exame criterioso a cada seis meses.
Passada essa fase, e se tudo estiver normal, um exame anual é suficiente até
que a criança complete oito ou nove anos de idade - fase na qual se encerra o
desenvolvimento da visão.
Adolescência
Entrando
na adolescência, a partir dos treze anos, os pais devem estar atentos ao
aparecimento de irregularidades visuais como o ceratocone, uma condição
degenerativa e progressiva da córnea com padrões hereditários de transmissão. O
ceratocone é caracterizado por um afinamento e encurvamento progressivo da
córnea central ou inferior. Essa alteração provoca deformação das imagens, com
aumento da miopia, astigmatismo regular e astigmatismo irregular.
“O
indivíduo com ceratocone apresenta sintomas frequentes como coceira nos olhos,
visão dupla, distorcida ou embaçada, mudança do grau dos óculos e aversão à
luz. Podem ocorrer também dores de cabeça”, explica o oftalmologista. A falta
de informação, o diagnóstico tardio e os tratamentos inadequados podem ser os principais
vilões da doença, sendo responsáveis pelo aumento do número de casos crônicos.
Nos últimos 15 anos, o registro de ceratocone aumentou significativamente no
Brasil, talvez pela maior capacidade de detecção da doença. O maior medo entre
os pacientes é a perda da visão, mas com os modernos tratamentos pode-se
estabilizar sua evolução e recobrar uma boa visão.
Fase
adulta
A
partir dos 40 anos, a ida ao oftalmologista deve ser feita com regularidade. Um
dos principais fatores da busca pelo especialista é a dificuldade de visão
decorrente da presbiopia, popularmente chamada de vista cansada. Há uma grande
variedade de soluções para corrigir a presbiopia, que vai desde as tradicionais
lentes multifocais nos óculos - que possibilitam ajuste de visão para longe e
perto – até as alternativas para descartar o uso de óculos com as cirurgias
corretivas a laser ou mesmo com lentes de contato.
Deve-se a partir desta fazer observar a
pressão ocular em todas as visitas ao oftalmologista.
Já
na terceira idade, destacam-se a catarata (opacificação do cristalino), doenças
da retina ou retinopatia (principalmente a degeneração macular) e o glaucoma
como as principais causas de diminuição da visão.
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