Para carícias, beijos e
carinhos não há contra-indicações médicas
Há
muitos mitos e tabus em torno do sexo durante a gravidez. Algumas mulheres optam por não praticá-lo, outras, no entanto, sentem
mais desejo e procuram mais os parceiros. Existem ainda, as mulheres que não
falam sobre o assunto e ignoram a vontade do parceiro, o que pode prejudicar a
qualidade da relação.
Para
a terapeuta sexual, Eliane Maio, o sexo na gravidez ainda gera tabus entre algumas
mulheres, como fazer mal para o bebê, causar dores e dificuldades para atingir
o orgasmo. No entanto, quando a gravidez é normal e saudável, o sexo deve ser
encarado com naturalidade. “A gestação não é uma
doença e sim um estado de saúde. As restrições acontecem quando há problemas
relacionados à placenta, hemorragias intensas ou diagnósticos que possam causar
danos à gestante e ao bebê”, explica.
Para Eliane, o casal deve respeitar as mudanças físicas e
psíquicas que ocorrem na gravidez, mas quando a gestação é planejada e bem
aceita, todo o conjunto corpóreo e psicológico compõe um bem-estar em que a
relação sexual fará parte. “O sexo traz prazeres ao casal, que certamente faz
bem ao bebê, pois tudo o que agrada à mãe, passa pela corrente sanguínea e
prossegue em benefícios do feto. Não será a sensação orgástica, mas sim
sensação de bem-estar”, diz.
O aumento da libido, no entanto, é relativo. “Se a mulher já tiver
um desempenho ou um desejo adequado mesmo antes de estar grávida, neste momento
será uma continuidade. Caso não haja, o desejo sexual pode diminuir”, afirma
Eliane.
Com dois meses de gestação, Lucia Fonseca Rosa, sentiu falta de
desejo sexual nas três primeiras semanas de gravidez, porém, destaca que a
euforia da notícia e os sintomas contribuíram para o baixo desempenho. “Senti
enjôo, sono, cansaço e abdômen inchado. Acredito que isso tenha afetado a
libido, mas minha intenção é manter o sexo presente durante a gravidez”,
afirma.
Para não deixar a vida sexual em segundo plano, a futura mamãe e o
marido já conversaram sobre o assunto, e para ampliar ainda mais o tema, a
próxima parada é no ginecologista. “Sempre tivemos diálogo aberto e
compreensão. Por isso, vamos atrás de recomendações médicas sobre sexo e
melhores posições”, comenta Lucia.
Corpo novo, vida nova,
posições ainda melhores
Amor, respeito e diálogo são os três elementos fundamentais para
ajudar o casal a descobrir novos prazeres juntos. O corpo da mulher muda, os
seios incham, há retenção de líquidos, a barriga cresce e há trocas hormonais
que podem causar mudanças emocionais na parceira. Por isso, a compreensão do
homem fará grande diferença no desejo sexual da mulher e ajudará o casal a
redescobrir o sexo, conhecer novas posições e até jogos eróticos onde não há
necessidade de penetração.
Para Eliane Maio, algumas posições sexuais não serão possíveis de
fazer devido à barriga, mas existem outras maneiras que trarão conforto e
prazer. “Geralmente a posição de lado é a mais confortável, pois o corpo
da mulher não precisa sustentar o do parceiro. Isto também deve ser conversado,
pois trará mais confiança e intimidade para o casal”, afirma a terapeuta.
Quando a penetração está restrita devido a algum diagnóstico de
saúde, Eliane aconselha investir em carícias, afagos e beijos. “Se for adequado
para ambos, o sexo oral é sempre bom. A relação sexual com penetração não é
somente o que completa uma atividade sexual, a satisfação do encontro também
vale a pena”, sugere.
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