Com 50 anos no mercado, contraceptivos
já ganharam tipos, formas e dosagens diferentes
Com
mais de cinco décadas de existência, os métodos contraceptivos orais são os
mais queridos pelas mulheres, pois além de consolidados, apresentam 99% de
eficácia contra a gravidez indesejada. Com avanço das tecnologias, a pílula
anticoncepcional também ganhou versões, modelos, dosagens e tipos diferentes.
Atualmente, é possível encontrar modelos orais, intravaginais (anel),
injetáveis e transdérmicos (adesivos).
Em
sua maioria, os anticoncepcionais possuem na composição o estrogênio e a
progesterona combinados, no entanto, há tipos que levam apenas a progesterona,
pois existem mulheres que tem contraindicação do estrogênio. Para ambos os
modelos, a eficácia da contracepção é igual, porém, a progesterona isolada tem
mais recomendação para mulheres em pós-parto e para aquelas que já possuem
sintomas como hipertensão e aumento de vasos.
Já
os modelos mais modernos, como os adesivos e os anéis, também possuem a mesma
eficácia, mas ainda há mulheres que se sentem mais seguras ingerindo
diariamente o remédio. Com os adesivos, a combinação dos dois hormônios é
absorvida através da pele. Já com o anel vaginal, a mulher insere o medicamento
na parte superior da vagina no 5º dia da menstruação e o deixa durante as
próximas três semanas.
Com
tantas opções disponíveis, como saber qual é o melhor anticoncepcional para
você? De acordo com a ginecologista do Hospital VITA, Maria Letícia Fagundes, a
decisão deve ser feita em conjunto entre médico e paciente. “É importante
avaliar a opinião da paciente, pois às vezes o que tem de mais moderno pode ser
desconfortável para a mulher. Antes de tudo, é válido fazer exames das funções
hepáticas e renal, pois a metabolização acontece no fígado”, explica.
Além
disso, outro fator importante é a adaptação da mulher. “Afinidade com o método
e adequação química são fundamentais. Às vezes é preciso acertar na dosagem
hormonal para não aparecer efeitos colaterais”, afirma Maria Letícia.
Baixa e alta dosagem
Os
anticoncepcionais orais têm variação hormonal diferenciada, que vai de 0,015 mg
a 0,035 mg de etinilestradiol (componente estrogênico). A pílula com menor
dosagem é a que, teoricamente, deve proporcionar os menores efeitos colaterais.
Já a com maior dosagem pode provocar efeitos indesejados, porém, apenas com
afinidade química de cada organismo é possível indicar o que é melhor para cada
mulher.
Para
Maria Letícia, dentro destas variações hormonais é possível avaliar a aceitação
da paciente e os efeitos colaterais que causa, pois às vezes não existem, mas
podem acontecer dependendo da mulher. “A paciente pode ter escape menstrual com
baixa dosagem, por exemplo. Outras mulheres, no entanto, podem ter dores de
cabeça, aumento de vasinhos nas pernas por conta dos anticoncepcionais com mais
hormônios. O ideal é tatear dentro destas variações”, explica.
Contraindicações
As
contraindicações existem, por isso, uma boa conversa com o médico pode prevenir
futuras indisposições. Além disso, mulheres que já possuem alguma doença deve
ter acompanhamento médico mais criterioso, como:
-
Tromboses
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Cefaléia e enxaquecas após o uso do anticoncepcional
-
Epilepsia
-
Dores nas mamas
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Hiper tensão arterial
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Diabetes
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Ser fumante com mais de 35 anos
-
Mulheres em fase de aleitamento
-
Doenças da vesícula biliar e icterícea
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