quarta-feira, 20 de março de 2013

Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho é benéfica à saúde e produtividade



Estudar a adaptação do trabalho às características dos indivíduos proporciona conforto e melhora disposição para o trabalho

Dor nas costas e nas articulações, tensão nos ombros, pescoços e músculos, excesso de barulho, cansaço e falta de disposição podem ser sinais de que o trabalho não está ergonômico. Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características de cada pessoa. Pode ser aplicada em vários setores de atividade, tais como industrial, hospitalar, escolar, transportes e sistemas informatizados.

Em todos eles é possível que existam intervenções ergonômicas para melhorar significativamente a eficiência, produtividade, segurança e saúde nos postos de trabalho, desde os estresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até fatores ambientais que possam afetar a audição, visão, conforto e principalmente a saúde.

De acordo com a fisioterapeuta da Acquaterapia, Mariana Maia Vasconcelos, investir na melhoria ergonômica do colaborador e auxiliá-lo a trabalhar em posturas corretas, pode ser uma estratégia para que a empresa renove as formas de trabalho e eleve, ao mesmo tempo, a satisfação pessoal e a produtividade das empresas. “O custo individual de cada trabalhador para uma empresa é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, e em longo prazo, possa provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas”, explica.

Para as empresas ou para os colaboradores que desejam sugerir mudanças, o primeiro passo é identificar se o local de trabalho está ineficiente ou provocando incômodos na saúde. “Trabalho físico pesado, posturas incorretas, repetitividade, falta de possibilidade de realizar pequenas pausas espontâneas, manutenção de postura fixa por tempo prolongado, mobiliário mal projetado e ambiente de trabalho desconfortável são características de um local inadequado ergonomicamente”, afirma Mariana.

Quando o colaborador se depara com um ambiente desconfortável, as queixas de saúde aparecem e, consequentemente, a produtividade e a disposição para realizar um trabalho de qualidade também caem. “Em um ambiente não ergonômico as queixas são dor, cansaço, formigamento e queimação, que estão diretamente ligadas à adequação do corpo frente a um determinado equipamento”, explica Mariana. “As regiões do corpo mais afetadas por distúrbios osteomusculares são lombar, ombros, joelhos, cervical, punhos e mãos”, completa.

Como adaptar o ambiente?
De acordo com as características de cada indivíduo, o ambiente pode ser adaptado de várias formas a fim de minimizar os fatores de riscos existentes no local de trabalho. Alguns dos produtos oferecidos pelo mercado são: apoio para antebraço, pés e teclados, cadeiras adaptáveis, suporte para monitor e texto, mouse pad, tapetes ergonômicos, entre outros.
Para a fisioterapeuta, Mariana Maia, colaboradores e empresas podem analisar o ambiente juntos e adaptá-lo de acordo com as necessidades de cada um. Confira as dicas:

- Se você é muito alto, procure alguma forma de elevar sua mesa, através de calços ou de mesas especiais dotadas de regulagem de altura
- Procure liberar espaço em sua mesa de trabalho
- Garanta a existência de algum espaço para movimentar o teclado um pouco para frente e um pouco para trás e, inclusive, procure um arranjo em que seja possível afastar o teclado, possibilitando assim, usar a superfície da mesa para a escrita

- Procure trabalhar em uma mesa que tenha bordas arredondas. Caso não as tenha, você pode ser beneficiar de um apoio de punho almofadado, de borda arredondada
- Caso seu trabalho envolva leitura freqüente de texto ou consulta a documentos, arranje um suporte para documento e coloque o texto inclinado, o mais próximo possível do monitor de vídeo, ou entre este e o teclado, para que o seu deslocamento de pescoço seja pequeno
- Todos os objetos de uso constante devem estar o mais próximo possível de seu corpo; evitando torção do tronco
- Evite colocar objetos/documentos pesados em gavetas que estejam próximas do piso.
- As temperaturas devem ser confortáveis
- Sempre que possível humanize o ambiente e estimule a convivência social entre os funcionários

Computador x saúde?
Se o tempo em frente ao computador ultrapassa 10 horas, confira dicas de ergonomia da fisioterapeuta Mariana Maia e cuide do seu ambiente de trabalho:
- Garanta conforto visual mantendo seu monitor entre 45 e 75 cm de distância e regule sua altura no máximo até sua linha de visão, procurando sempre descansar a vista olhando para objetos e paisagens
- O punho deve estar no nível da altura dos cotovelos e durante a digitação mantenha-o em posição neutra. Mantenha o teclado sempre na posição mais baixa e digite com os punhos e antebraços apoiados
- Mantenha os pés bem apoiados no chão ou em um suporte apropriado
- Tenha cadeira que possua encosto para melhor distribuição do peso corporal e melhor relaxamento da musculatura
- Para evitar reflexos, as superfícies de trabalho, paredes e pisos, devem ser foscas e o monitor deve possuir uma tela anti-reflexiva. Evite posicionar o computador perto das janelas e use luminárias com proteção adequada
- Trabalhe em ritmo razoável
- Faça pausas freqüentes durante o dia. Estas pausas devem ser breves e incluir alongamentos e caminhadas, sendo realizadas a cada hora.





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