Especialista explica
quais são os tratamentos indicados e quando se preocupar com a aparência dos
vasos
Você
já notou nas pernas alguns vasinhos vermelhos e até roxo? Se além de notar
estas alterações também sente dores ou sensação de peso nas pernas é hora de
buscar um diagnóstico com um especialista em angiologia. Estas marcas indesejáveis
podem ser apenas um desconforto estético ou indicar alguma doença venosa
crônica, ou seja, varizes.
Os
vasinhos aparecem quando os vasos finos localizados na parte superficial da
pele dilatam, devido a alguma pressão em suas paredes. Este processo causa o
aparecimento dos ramos vermelhos e arroxeados. As microvarizes são pequenas
veias salientes e de coloração esverdeada. Estas representam o início do
aparecimento das varizes e alimentam os vasinhos.
Já
as varizes são dilatações das veias superficiais das pernas que ocorrem devido
ao enfraquecimento da parede da veia. Este quadro pode provocar dor, edema,
cansaço, câimbras e sensação de peso nas pernas. Entender o problema é simples. Quando o
paciente fica em pé, o sangue das pernas deverá subir pelas veias pelas veias
contra a gravidade, sendo impulsionado por um bombeamento que utiliza os músculos
da panturrilha e do pé. Qualquer situação que aumente a pressão no interior das
veias predispõe ao aparecimento das varizes
Segundo
o especialista em angiologia e cirurgia vascular Charles Angotti, calcula-se
que as varizes atinjam 20% da população, sendo três vezes mais freqüentes nas
mulheres do que nos homens. “As mulheres têm mais predisposição devido a
influência dos hormônios femininos como o estrogênio. Além disso, a incidência
aumenta com a idade, principalmente se estiver associada a fatores hereditários”,
explica. As profissões que exigem ficar muito tempo de pé ou sentado por várias
horas são capazes de piorá-las. Outros fatores agravantes para quem sofre de
varizes são o sedentarismo, a obesidade, o número elevado de gestações e o
tabagismo.
Quando o vasinho pode
preocupar?
Os
vasinhos são problemas estéticos, indolores e não causam problemas de saúde. O
paciente que se incomodar com a presença e a saliência dos vasinhos pode
procurar um especialista para indicar o melhor tratamento para rompê-lo. Para
estes vasinhos existem dois tipos de tratamento, a Escleroterapia e o Laser.
A
Escleroterapia é um método químico, conhecido pelo alto índice de bons
resultados sendo utilizada há anos. “Consiste na injeção de um líquido
esclerosante no interior do vaso e raramente traz complicações”, afirma
Angotti. “A Escleroterapia é feita em consultório médico e o número de sessões
varia de acordo com a quantidade de vasinhos e a resposta de cada paciente.
Praticamente não existem restrições”, completa. Quem realiza a Escleroterapia
deve ter alguns cuidados durante o tratamento, como não tomar sol nas pernas
para evitar manchas.
Já
o tratamento a Laser é uma fonte de luz intensa que emite um pulso sobre a
pele. “O Laser é absorvido pelo vaso destruindo a sua porção interna. Só que
ele não substitui totalmente a Escleroterapia e sim representa uma arma a mais
no tratamento dos vasinhos”, explica Angotti.
Tratamento e cirurgia
O
tratamento das microvarizes consiste na sua remoção por meio de uma cirurgia
simples que pode até ser realizada com anestesia local e não necessita muitos
dias de repouso. Nesta cirurgia as microvarizes são removidas através de
pequenas punções e com a utilização de instrumentos em forma de ganchos, bem
finos, muito semelhantes às agulhas de crochê.
Na
maioria das vezes as incisões na pele são tão pequenas que não precisa dar
pontos e quase não se percebe a cicatriz. Já as varizes propriamente
ditas ocorrem quando há progressão das microvarizes. A evolução é lenta, mas
com o passar dos anos as veias superficiais atingem tamanhos bem maiores que o
normal.
Existem
ainda, os casos em que a veia safena também se tornará comprometida. “É
geralmente neste estágio que aparecem complicações mais graves, como
inflamação, sangramento, ferida e até trombose. Nestes casos a solução também é
a cirurgia, sendo a técnica utilizada muito semelhante à das microvarizes,
incluindo o tratamento concomitante da veia safena quando esta não puder ser
preservada”, explica Angotti.
Recuperação
Antigamente
a recuperação era mais lenta e dolorosa. Hoje, no entanto, todo o procedimento
é realizada de maneira a causar o mínimo de trauma possível, fazendo com que os
pacientes se recuperem o mais rápido possível. A recuperação pós-operatória
completa varia de 1 a 2 semanas, podendo voltar as atividades habituais.
Um comentário:
Bem o que eu procurava sobre aplicação de vasinhos
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