Público masculino ainda
mantém foco nos negócios e na carreira, enquanto as mulheres realizam check-up
anual e preocupam-se com a prevenção de doenças
Por
que os homens vão menos ao médico e realizam menos exames? A pergunta é difícil
de responder e mesmo quando esclarecida, não é possível chegar a uma conclusão
exata. Esta é a visão do presidente do Departamento de Clínica Médica da APM –
Associação Paulista de Medicina e clínico geral do Hospital Albert Einstein,
André Jaime.
Tradicionalmente,
segundo ele, o homem sempre incorporou mais o trabalho. Já a mulher, à família
e a saúde das crianças. “No consultório, muitos homens só procuram o médico
quando estão doentes ou com sintomas. Porém, com o apoio da mídia e de algumas
empresas, a atitude masculina está mudando”, afirma Jaime.
Para
o clínico geral, a mulher procura o médico assim que menstrua, pois precisa de
orientação ou algum acompanhamento. No caso do homem, a visita ao Urologista,
quando não há sintomas, acontece entre 40 e 45 anos. “Muitos, às vezes, não
aparecem. Cerca de 70% dos pacientes são mulheres e 30% homens”, explica Jaime.
Embora
o público masculino vá menos ao consultório, o fotógrafo Guilherme Renso é uma
exceção. Para ele, o cuidado com a saúde começa na alimentação. “Evito comer besteiras
e alimentos gordurosos, pois tenho tendência a colesterol alto. Este é um dos
motivos para cuidar da saúde com mais atenção”, explica.
Além
disso, Renso acredita que se cuidar também é estabelecer uma harmonia entre o
corpo e a mente. Na opinião dele, muitas doenças e males podem estar ligados a
fatores externos ou emocionais. “Faço caminhadas despreocupantes. Ajuda a
perder peso, entrar em forma e a colocar as ideias em dia”, comenta.
Quando procurar um
médico?
O
recomendado é visitar o médico e realizar exames anualmente, no entanto, alguns
homens não seguem esta recomendação. Para o clínico geral André Jaime, o
público masculino procura o médico quando há queixas agudas, dor ou preocupação
com doenças cardíacas. “Geralmente eles
aparecem para tratar algo em curto prazo. Neste caso, o tratamento é para a
condição aguda. Quando há necessidade de acompanhamento em longo prazo, temos
dificuldade de aderência às prescrições”, afirma.
Foi
por causa de um problema de saúde que Guilherme Renso, agora, vai ao
cardiologista uma vez ao ano e faz check-up com freqüência. “Faço desde exames
específicos até hemograma completo. Tive problemas cardíacos e preciso de
acompanhamento regular”, diz.
Problemas
cardíacos de um modo geral, prevenção de câncer de próstata, quadros
infecciosos e contusões musculares são alguns exemplos que levam homens ao
consultório. Para Jaime, a investigação preventiva é a melhor maneira de chegar
aos quadros agudos destas doenças. “A partir dos 30 anos o ideal é passar por
uma avaliação regular, ou seja, pelo menos uma vez ao ano”, afirma.
Quem
concorda com a opinião do clínico geral é Renso, que acredita que o
acompanhamento regular ajuda a diagnosticar doenças prematuramente. “A saúde
vem sempre em primeiro lugar. Saber como anda a máquina do corpo aumenta as
chances de cura”, conclui.
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