quinta-feira, 7 de março de 2013

Refluxos e engasgos não devem ser motivos de desespero para os pais



Até os seis meses de idade, mais da metade dos bebês apresentam refluxos naturais e fisiológicos. Já os engasgos não são situações frequentes e dependem da tranqüilidade dos pais para serem controlados

Mães de primeira viagem podem ficar tranquilas quanto aos refluxos presentes em bebês, desde os recém nascidos até os seis meses de idade. A criança apresenta estes comportamentos, pois não está com o estômago bem desenvolvido e amadurecido. Mas, apesar de ser uma situação normal e fisiológica, decorrente em mais da metade dos bebês existentes, as mães tendem a ficar desesperadas e não agir corretamente.

O refluxo é o retorno do conteúdo ingerido e presente no estômago para o esôfago. Segundo o pediatra, José Hugo Pessoa, não é uma situação permanente na infância. “É preciso entender que regurgitar é natural em bebês. A partir do sexto mês ou até um pouco mais essa situação desaparece, já que o Cárdia (anel que impede o refluxo), presente entre o estômago e o esôfago é totalmente desenvolvido”, explica.

O bebê pode regurgitar muitas vezes ao dia, tanto pós-mamadeira quanto em outras situações cotidianas, como na hora da brincadeira. Quando ocorre a regurgitação, o responsável deve somente limpar a criança. Para José Hugo, é importante não deixá-lo deitado depois de tomar o leite, pois, apesar de não ser perigoso, estando nesta posição, os refluxos podem ser cada vez mais frequentes.

Para os bebês que não tomam leite materno até os seis meses, a dica de José Hugo é reforçar a mamadeira. “Não podemos esquecer as crianças que não tomam leite materno. Nesses casos, o refluxo pode ser evitado engrossando o leite, pois fica mais espesso e dificulta a passagem para o esôfago”, afirma.

Por outro lado, se a mãe ou o responsável perceber que o bebê sente dores, emagrece, não está se desenvolvendo bem, tem crises de tosse e muitos refluxos é hora de procurar ajuda profissional. Nestes casos, a criança pode apresentar Esofagite, doença que afeta de 10 a 20% da população. O tratamento é a base de medicamentos e reeducação alimentar.
A Esofagite é quando o conteúdo ácido do estomago sobe para o esôfago e causa refluxos frequentes. “É preciso tomar muitos cuidados com este tipo de problema. Não é permitido deitar após alimentação e nem apertar o bebê. Além disso, a criança deve estar sempre elevada a 45 graus”, diz o pediatra.

O bebê que apresenta Esofagite deve ser alimentado com algumas restrições também. O leite pode ser utilizado da mesma maneira, mas uma boa opção é evitar alimentos ácidos, como café, sucos cítricos e comidas muito gordurosas. Por isso, o responsável deve sempre estar atento às recomendações nutritivas presentes nas embalagens dos produtos.

Engasgos
Segundo José Hugo, os casos de engasgos vistos na televisão são raros e, por isso, não há necessidade de se desesperar. Os bebês podem ter esse tipo de problema porque ainda não tem coordenação da respiração e do ato de engolir com aprendizagem natural. “A criança amadurece nos primeiros meses de vida, então, no início, é possível que tenha o problema com engasgo”, afirma.

Para evitar esta situação, José Hugo aponta medidas importantes. “O responsável tem de ter cuidado na hora de dar a mamadeira. O ideal é nunca deixar a criança deitada na hora da alimentação, pois nesses momentos ela pode não ter controle da quantidade ingerida e, por fim, engasgar. Além disso, à hora do “lanche” tem que ser apreciada e feita com muita calma para não perturbar o processo digestivo”, explica.

Caso venha a acontecer alguma situação parecida com o seu bebê, em primeiro lugar, é necessário manter a calma. Para o pediatra, é preciso elevar a cabeça da criança e fazer a limpeza da boca. Se o engasgo persistir e houver a percepção de sufocos, procurar outro tipo de ajuda. A Polícia Militar tem colaboradores específicos para estes casos, portanto, é indicado ligar para o 190 e seguir exatamente o que é solicitado. 

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