Até os seis meses de
idade, mais da metade dos bebês apresentam refluxos naturais e fisiológicos. Já
os engasgos não são situações frequentes e dependem da tranqüilidade dos pais
para serem controlados
Mães de primeira viagem
podem ficar tranquilas quanto aos refluxos presentes em bebês, desde os recém
nascidos até os seis meses de idade. A criança apresenta estes comportamentos,
pois não está com o estômago bem desenvolvido e amadurecido. Mas, apesar de ser
uma situação normal e fisiológica, decorrente em mais da metade dos bebês
existentes, as mães tendem a ficar desesperadas e não agir corretamente.
O refluxo é o retorno do
conteúdo ingerido e presente no estômago para o esôfago. Segundo o pediatra,
José Hugo Pessoa, não é uma situação permanente na infância. “É preciso
entender que regurgitar é natural em bebês. A partir do sexto mês ou até um
pouco mais essa situação desaparece, já que o Cárdia (anel que impede o
refluxo), presente entre o estômago e o esôfago é totalmente desenvolvido”,
explica.
O bebê pode regurgitar
muitas vezes ao dia, tanto pós-mamadeira quanto em outras situações cotidianas,
como na hora da brincadeira. Quando ocorre a regurgitação, o responsável deve
somente limpar a criança. Para José Hugo, é importante não deixá-lo deitado
depois de tomar o leite, pois, apesar de não ser perigoso, estando nesta
posição, os refluxos podem ser cada vez mais frequentes.
Para os bebês que não tomam
leite materno até os seis meses, a dica de José Hugo é reforçar a mamadeira.
“Não podemos esquecer as crianças que não tomam leite materno. Nesses casos, o
refluxo pode ser evitado engrossando o leite, pois fica mais espesso e
dificulta a passagem para o esôfago”, afirma.
Por outro lado, se a mãe ou
o responsável perceber que o bebê sente dores, emagrece, não está se
desenvolvendo bem, tem crises de tosse e muitos refluxos é hora de procurar
ajuda profissional. Nestes casos, a criança pode apresentar Esofagite, doença
que afeta de 10 a 20% da população. O tratamento é a base de medicamentos e
reeducação alimentar.
A Esofagite é quando o
conteúdo ácido do estomago sobe para o esôfago e causa refluxos frequentes. “É
preciso tomar muitos cuidados com este tipo de problema. Não é permitido deitar
após alimentação e nem apertar o bebê. Além disso, a criança deve estar sempre
elevada a 45 graus”, diz o pediatra.
O bebê que apresenta
Esofagite deve ser alimentado com algumas restrições também. O leite pode ser
utilizado da mesma maneira, mas uma boa opção é evitar alimentos ácidos, como
café, sucos cítricos e comidas muito gordurosas. Por isso, o responsável deve
sempre estar atento às recomendações nutritivas presentes nas embalagens dos
produtos.
Engasgos
Segundo José Hugo, os casos
de engasgos vistos na televisão são raros e, por isso, não há necessidade de se
desesperar. Os bebês podem ter esse tipo de problema porque ainda não tem
coordenação da respiração e do ato de engolir com aprendizagem natural. “A
criança amadurece nos primeiros meses de vida, então, no início, é possível que
tenha o problema com engasgo”, afirma.
Para evitar esta situação,
José Hugo aponta medidas importantes. “O responsável tem de ter cuidado na hora
de dar a mamadeira. O ideal é nunca deixar a criança deitada na hora da
alimentação, pois nesses momentos ela pode não ter controle da quantidade
ingerida e, por fim, engasgar. Além disso, à hora do “lanche” tem que ser
apreciada e feita com muita calma para não perturbar o processo digestivo”,
explica.
Caso venha a acontecer
alguma situação parecida com o seu bebê, em primeiro lugar, é necessário manter
a calma. Para o pediatra, é preciso elevar a cabeça da criança e fazer a
limpeza da boca. Se o engasgo persistir e houver a percepção de sufocos,
procurar outro tipo de ajuda. A Polícia Militar tem colaboradores específicos
para estes casos, portanto, é indicado ligar para o 190 e seguir exatamente o
que é solicitado.
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