Saiba como controlar a
oleosidade e quais são os tratamentos dermocosméticos indicados
Brilho
excessivo, cravos e espinhas são as principais características e incômodos
relatados pelas mulheres que possuem pele oleosa. Cuidar deste tipo de pele e
mantê-la livre do brilho excessivo não é tarefa fácil, principalmente, quando a
acne também aparece no rosto, no peito, nas costas e contribui para acabar com
a auto-estima de qualquer uma.
O
que caracteriza a pele oleosa, segundo a farmacêutica e cosmetóloga, Sheila
Martins Ferreira Gonçalves, é a produção excessiva de sebo feita pelas
glândulas sebáceas, porém, a oleosidade não esta necessariamente ligada à pele
acneica. “A oleosidade pode estar presente na pele seborreica e na acneica. A
diferença é que a acneica possui cravos e espinhas e a seborreica tem excesso
de brilho”, explica. “O aumento de oleosidade remete a sensação de sujeira, e
isso, é um dos maiores incômodos nas mulheres”, completa.
Esta
oleosidade, segundo a farmacêutica, é mais presente na adolescência e já pode
aparecer a partir dos 12 anos de idade, quando a menina entra na puberdade e as
alterações hormonais começam. “A oleosidade é mais comun na juventude, porém,
pode permanecer até a fase adulta. Automaticamente, a pele vai ficando madura e
a partir do envelhecimento, após os 40 anos, a glândula sebácea diminui e a
oleosidade se normaliza”, afirma.
A
universitária Beatriz Barbosa Libonati Silva, de 20 anos, começou a notar a
oleosidade excessiva no início da adolescência e os tratamentos para controle
do brilho, desde então, só aumentaram. “Não tenho espinhas, mas tenho cravos.
Para diminuir os efeitos da oleosidade, consultei um dermatologista que
receitou sabonetes, cremes, géis, protetores solares oil free e hidratantes”,
explica.
Após
seguir as prescrições médicas, Beatriz notou melhoras, no entanto, o cuidado
com a pele é diário. “A aparência da pele melhorou, principalmente pelo uso de
protetor solar e pelas limpezas de pele, mas oleosidade tem tratamento, não
cura. Não é possível ficar um dia sem cuidar dela”, afirma.
Tratamentos
Para
cuidar da pele oleosa o primeiro passo é saber qual o tipo de oleosidade a pele
tem, acneica ou seborreica. Após esta análise, os tratamentos devem ser
indicados e acompanhados por especialistas.
De
acordo com Sheila, os tratamentos mais usados são os de cosmetologia,
geralmente em gel. “Hoje, o que há de mais novo é a tecnologia das micro-esponjas,
que são pequenas esponjinhas com capacidade para absorver o óleo da pele por
até 7 horas. Após a aplicação do produto, seu efeito é de secar a pele
imediatamente e a sensação de oleosidade diminui”, afirma.
Para
contribuir com uma limpeza eficiente é necessário um conjunto de ações, que
englobam três passos de purificação – tecnologia das micro-esponjas, tônico
adstringente e gel hidratante. “O tratamento é em longo prazo e em casos mais
sérios também podemos utilizar cápsulas de zinco, que ajudam no controle da
oleosidade”, explica.
Oleosidade x Roacutan
Quando
todos os tratamentos para pele oleosa já foram feitos e os resultados não foram
satisfatórios, à intervenção que ainda divide médicos e especialistas, é o uso
de medicamentos orais a base de isotretinoína ou, como é conhecido, Roacutan.
O
medicamento é eficaz contra a oleosidade e a acne, pois diminui o tamanho das
glândulas sebáceas e se torna permanente na maioria das pessoas, fazendo com
que a oleosidade diminua e as espinhas não voltem a aparecer. Em alguns casos,
elas podem voltar em quantidades mínimas. “O Roacutan gera insegurança nos
pacientes, pois apresenta efeitos colaterais, por isso, cada caso deve ser
analisado isoladamente e todo tratamento deve ser acompanhado de exames e
médicos”, explica Sheila.
A
bancária Nataly Santos tentou tratamentos convencionais, porém, o resultado
satisfatório aconteceu apenas depois de tomar Roacutan por seis meses seguidos.
“Antes de iniciar o tratamento passei por exames médicos específicos e todo o
processo teve apoio de um dermatologista. Além disso, uma vez por mês fiz
exames para saber qual era a situação da minha saúde”, explica.
Entre
os efeitos colaterais da isotretinoína estão o ressecamento das mucosas nasal,
bucal, genital e ocular, má formação fetal, aumento de colesterol e triglicérides,
alterações nas enzimas hepáticas, queda de cabelo, entre outros. No caso das
mulheres, é imprescindível que testes de gravidez sejam realizados antes de
iniciar o tratamento e durante o uso do remédio. Todo o tratamento deve ser
acompanhado por dermatologistas.
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