quarta-feira, 20 de março de 2013

Pele Oleosa: saiba quais cuidados podem melhorar o excesso de brilho



Saiba como controlar a oleosidade e quais são os tratamentos dermocosméticos indicados
Brilho excessivo, cravos e espinhas são as principais características e incômodos relatados pelas mulheres que possuem pele oleosa. Cuidar deste tipo de pele e mantê-la livre do brilho excessivo não é tarefa fácil, principalmente, quando a acne também aparece no rosto, no peito, nas costas e contribui para acabar com a auto-estima de qualquer uma.

O que caracteriza a pele oleosa, segundo a farmacêutica e cosmetóloga, Sheila Martins Ferreira Gonçalves, é a produção excessiva de sebo feita pelas glândulas sebáceas, porém, a oleosidade não esta necessariamente ligada à pele acneica. “A oleosidade pode estar presente na pele seborreica e na acneica. A diferença é que a acneica possui cravos e espinhas e a seborreica tem excesso de brilho”, explica. “O aumento de oleosidade remete a sensação de sujeira, e isso, é um dos maiores incômodos nas mulheres”, completa.

Esta oleosidade, segundo a farmacêutica, é mais presente na adolescência e já pode aparecer a partir dos 12 anos de idade, quando a menina entra na puberdade e as alterações hormonais começam. “A oleosidade é mais comun na juventude, porém, pode permanecer até a fase adulta. Automaticamente, a pele vai ficando madura e a partir do envelhecimento, após os 40 anos, a glândula sebácea diminui e a oleosidade se normaliza”, afirma. 

A universitária Beatriz Barbosa Libonati Silva, de 20 anos, começou a notar a oleosidade excessiva no início da adolescência e os tratamentos para controle do brilho, desde então, só aumentaram. “Não tenho espinhas, mas tenho cravos. Para diminuir os efeitos da oleosidade, consultei um dermatologista que receitou sabonetes, cremes, géis, protetores solares oil free e hidratantes”, explica.

Após seguir as prescrições médicas, Beatriz notou melhoras, no entanto, o cuidado com a pele é diário. “A aparência da pele melhorou, principalmente pelo uso de protetor solar e pelas limpezas de pele, mas oleosidade tem tratamento, não cura. Não é possível ficar um dia sem cuidar dela”, afirma.

Tratamentos
Para cuidar da pele oleosa o primeiro passo é saber qual o tipo de oleosidade a pele tem, acneica ou seborreica. Após esta análise, os tratamentos devem ser indicados e acompanhados por especialistas.
De acordo com Sheila, os tratamentos mais usados são os de cosmetologia, geralmente em gel. “Hoje, o que há de mais novo é a tecnologia das micro-esponjas, que são pequenas esponjinhas com capacidade para absorver o óleo da pele por até 7 horas. Após a aplicação do produto, seu efeito é de secar a pele imediatamente e a sensação de oleosidade diminui”, afirma.

Para contribuir com uma limpeza eficiente é necessário um conjunto de ações, que englobam três passos de purificação – tecnologia das micro-esponjas, tônico adstringente e gel hidratante. “O tratamento é em longo prazo e em casos mais sérios também podemos utilizar cápsulas de zinco, que ajudam no controle da oleosidade”, explica.

Oleosidade x Roacutan
Quando todos os tratamentos para pele oleosa já foram feitos e os resultados não foram satisfatórios, à intervenção que ainda divide médicos e especialistas, é o uso de medicamentos orais a base de isotretinoína ou, como é conhecido, Roacutan.
O medicamento é eficaz contra a oleosidade e a acne, pois diminui o tamanho das glândulas sebáceas e se torna permanente na maioria das pessoas, fazendo com que a oleosidade diminua e as espinhas não voltem a aparecer. Em alguns casos, elas podem voltar em quantidades mínimas. “O Roacutan gera insegurança nos pacientes, pois apresenta efeitos colaterais, por isso, cada caso deve ser analisado isoladamente e todo tratamento deve ser acompanhado de exames e médicos”, explica Sheila.

A bancária Nataly Santos tentou tratamentos convencionais, porém, o resultado satisfatório aconteceu apenas depois de tomar Roacutan por seis meses seguidos. “Antes de iniciar o tratamento passei por exames médicos específicos e todo o processo teve apoio de um dermatologista. Além disso, uma vez por mês fiz exames para saber qual era a situação da minha saúde”, explica.

Entre os efeitos colaterais da isotretinoína estão o ressecamento das mucosas nasal, bucal, genital e ocular, má formação fetal, aumento de colesterol e triglicérides, alterações nas enzimas hepáticas, queda de cabelo, entre outros. No caso das mulheres, é imprescindível que testes de gravidez sejam realizados antes de iniciar o tratamento e durante o uso do remédio. Todo o tratamento deve ser acompanhado por dermatologistas. 

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