Tontutra,
vertigem e sensação de estar dentro de um barco podem indicar sinais da
enfermidade
Tonturas,
vertigens, vômitos, sudorese, alterações gastrintestinais, desequilíbrio,
zumbidos e perda parcial ou total da audição podem ser apenas alguns dos
sintomas que a labirintite pode apresentar. Com tantas causas, como saber se
você possui labirintite ou não? Afinal, a maior parte dos sintomas da doença
pode ser comum em outros tipos de enfermidades, como hipertensão arterial e
doenças neurológicas.
A labirintite é o nome dado a qualquer enfermidade
causada por uma infecção ou uma inflamação que afeta o labirinto - estrutura
interna do ouvido responsável e essencial para a boa audição e o equilíbrio do
corpo.
Quem tem labirintite sofre com fases mais leves e mais
agudas da doença. “Na fase leve o paciente sente um andar aéreo, similar a
sensação de estar andando em um barco”, diz a neurologista Valéria Bahia. Já na
fase mais aguda, há indisposição e mal-estar fortes que impossibilitam o
paciente de executar tarefas básicas. “A vertigem é
intensa e há sensação de que as coisas estão rodando. Isso causa náusea, enjoou
e zumbido no ouvido”, afirma.
Quanto
se trata de labirintite a idade não influência nos sintomas, pois segundo
Valéria, a doença pode aparecer em qualquer fase da vida. Quem sofre com o
estresse ou tem uma má alimentação pode ter mais propensão a desenvolvê-la.
“Descobri a labirintite porque comecei a ter muita dor de cabeça e suspeitei do
meu histórico familiar. Procurei um médico e recebi o diagnóstico”, revela a estudante
universitária de 21 anos Michelle Braga, que há um ano descobriu que tem a
doença.
Embora
a doença possa aparecer em qualquer pessoa independente da idade, quem possui níveis
mais altos de colesterol, triglicérides e ácido úrico pode ter mais disposição
a ter alterações nas artérias. Esta condição reduz a quantidade de sangue que
circula nas áreas do cérebro e no labirinto, facilitando o surgimento de uma
infecção ou inflamação na região da audição.
Para
realizar o diagnóstico da doença é essencial procurar um médico, pois só
através de uma avaliação clínica e o exame otoneurológico a labirintite pode
ser diagnosticada. Exames como tomografia e ressonância magnética podem ser
úteis para descartar outros tipos de doença, que podem causar sintomas
parecidos com o da labirintite.
Tratamento
Após
a avaliação médica apresentar a causa da doença e indicar o tratamento adequado
ao paciente, os sintomas da labirintite podem diminuir consideravelmente. “A
doença pode ser controlada com medicação que pode tanto diminuir quanto acabar
com os sintomas. Além disso, é necessário praticar exercícios de postura
indicados pelo médico”, afirma a neurologista Valéria Bahia. A estudante
Michelle Braga é exemplo de que medicações unidas aos exercícios melhoram os
sintomas. “Faço as atividades sozinha para que meu
corpo se acostume com alguns movimentos que causam a labirintite, como levantar
rápido, por exemplo. Com o tempo, o organismo permite fazer movimentos
que antes não podiam ser feitos e os sintomas podem sumir”, diz.
Para
quem possui labirintite, uma dieta saudável e balanceada é essencial nos
cuidados com a doença, sendo indicado, principalmente, não esperar grandes
intervalos entre uma refeição e outra, praticar atividades físicas, não ingerir
bebida alcoólica em excesso e não fumar.
Está com labirintite? Evite:
-
Andar sozinho
-
Não dirigir até os sintomas diminuírem
-
Não faça mudanças rápidas de posição
-
Faça repouso para aliviar os sintomas da doença
-
Não ande de costas em meios de transporte
-
Não leia livros, jornais ou revistas em automóveis em movimento
Evitar
estes costumes pode ajudar na melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos
pacientes.
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