quarta-feira, 20 de março de 2013

Como cuidar da saúde mental e da memória




Você esquece muito das coisas ou dos compromissos agendados? Saiba quando isso é normal ou pode representar um problema de saúde

Uma rotina muito corrida, horas de descanso cada vez mais raras e um dia-a-dia cheio de tarefas fazem com que cada vez mais pessoas se esqueçam de seus compromissos, percam alguns objetos e não lembrem até de datas e eventos importantes de suas vidas. O resultado de uma rotina com muito estresse e desgaste é a falta de qualidade de vida, que vem acompanhada de problemas com a saúde física e mental, comprometendo a memória.

Segundo o neurologista e professor de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Charles André, é normal existir pessoas com falhas na memória, pois em uma sociedade que recebe muitas informações, onde o tempo é curto para quase todas as tarefas e o aprofundamento sobre algumas coisas não acontecem, os esquecimentos tornam-se comuns.

De acordo com o neurologista, a falha na memória é um problema que necessita de cuidados maiores quando atrapalha o indivíduo em sua vida. “O que define a anormalidade é se a falha traz algum prejuízo nas suas relações profissionais ou pessoais, caso aconteça, isso pode representar um incômodo”, conta Charles André.

A rotina estressante e a pressão no cotidiano ainda podem levar a problemas maiores que falhas na memória. A forma de lidar com fases difíceis da vida varia da personalidade de cada um, mas em alguns casos podem representar um risco para a saúde, principalmente mental. “Dependendo da predisposição orgânica do indivíduo, o estresse pode causar transtornos psicológicos como falta de vontade de fazer as coisas, ansiedade, depressão  e mesmo manifestações mentais, como a tentativa de suicídio”, revela a psicóloga Maria Cristina Trivesoni.

Assim como podem causar problemas psicológicos, o estresse também pode levar a doenças psicossomáticas, que são distúrbios físicos causados por transtornos psicológicos. É o caso de algumas pessoas que possuem enxaqueca, gastrite, úlcera e hipertensão arterial por causa do desequilíbrio emocional. “Quando o indivíduo identificar condições físicas e psicológicas associadas ao estresse, como sintomas cardíacos, ansiedade, ou depressão, ele deve procurar um médico ou psicólogo”, aconselha Maria Cristina.

Para a psicóloga, manter a saúde física e também o bom funcionamento da memória depende muito da saúde mental. “Mesmo que o paciente tenha uma boa forma e um bom psicológico não quer dizer que quando sua memória falhar ele deve ficar preocupado. Isso deve acontecer apenas quando o problema se repetir muito durante sua rotina”, explica.

Durante o envelhecimento, segundo Charles André, é mais comum haver falhas na memória, porém, cada caso deve ser analisado por um especialista. “Não é raro a partir dos 40 ou 50 anos que as pessoas percebam algumas falhas da memória, mas se o sintoma passa a ser algo repetitivo pode ser um sinal de uma doença degenerativa do cérebro”, afirma. Nesse caso, um médico deve ser procurado e uma bateria de exames deve ser feita para garantir que as falhas na memória do paciente não sejam nenhum sinal de uma doença degenerativa, como o Mal de Parkinson, o Mal de Alzheimer e a Doença de Huntington.

Prevenção

Os cuidados com a saúde são essenciais para que os problemas com a memória e a saúde mental também não apareçam. Ter uma vida saudável, praticar atividades físicas, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, ter tempo para o lazer e ter o hábito da leitura são algumas ações que podem trazer bons resultados. Além disso, uma boa alimentação, rica em cereais integrais, vegetais, frutas e com pouca cafeína podem ajudar a manter a boa saúde do corpo e da mente.















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