quinta-feira, 7 de março de 2013

Apoio familiar em casos de Esclerose Múltipla é essencial para melhorar a qualidade de vida do paciente



Com incidência maior em mulheres, doença afeta 10 em cada 100 mil brasileiros com idades entre 20 e 30 anos

Pouco conhecida pela grande população, a Esclerose Múltipla é uma doença crônica e autoimune que ataca os nervos e compromete as funções do sistema nervoso central do paciente. Com casos mais freqüentes em mulheres e jovens de 20 a 30 anos, o organismo do portador de Esclerose reconhece a bainha de mielina (capa que envolve os nervos), como agente agressor. Desta forma, as células de defesa atacam os nervos, comprometendo funções motoras, visuais, de linguagem, etc.

A EM, como é reconhecida pelos profissionais da área, atinge 10 a cada 100 mil habitantes no Brasil, segundo dados da AMAPEM (Associação Mineira de Apoio a Portadores de Esclerose Múltipla). É uma doença que pode ter sequelas, mas que não gera óbito. O doente, na maioria dos casos, tem condições para manter relações pessoais e de trabalho, mas nem sempre o psicológico é estável. Por isso, o apoio da família é essencial para que o indivíduo consiga ter visão de futuro.

Para a Doutora membro da Academia Brasileira de Neurologia, Maria Fernanda Mendes, a família tem papel fundamental para incentivar a convivência pessoal e em grupo. “Os familiares devem olhar o doente como uma pessoa jovem, que tem sonhos e uma carreira. Portanto, o apoio é no sentido de incentivo a vida e a visão do futuro”, afirma.

Segundo Maria Fernanda, além do estímulo e incentivo, a família tem de entender que o paciente pode apresentar dificuldades e limitações que devem ser respeitadas. “A fadiga é um sintoma que quase todos os doentes têm. Não é grave, mas interfere na dinâmica familiar. O indivíduo sente cansaço desproporcional a quantidade de atividade realizada. Por isso, é preciso entender e se adaptar”, explica.

Por outro lado, as famílias podem buscar apoio em associações da doença ou em tratamentos psicológicos. A ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla) é um exemplo de um local que acolhe tanto os doentes, quanto os familiares. Apesar de estar localizada em São Paulo, o tratamento pode ser feito à distância.

De acordo com informações do departamento de marketing da Instituição, o objetivo é fazer com que o paciente resgate a dignidade e independência por meio da orientação. Para atingir todos os públicos, o atendimento pode ser feito pessoalmente, por telefone, e-mail ou cartas.

A doença

A EM pode causar problemas em todo o Sistema Nervoso Central em momentos transitórios. Isto é, os sintomas podem mudar em semanas fazendo com que o paciente não perceba que pode ter a doença. Fragilidades como problemas visuais, de linguagem, de equilíbrio e força são freqüentes no início da EM.

A evolução da doença pode levar a problemas motores e sensitivos, como fraqueza, formigamento nas pernas, perda parcial da visão desequilíbrio, tremores, entre outros. Segundo a Doutora membro da Academia Brasileira de Neurologia, Maria Fernanda Mendes, a EM não leva a morte, mas o paciente deve tomar alguns cuidados. “É uma doença que atinge jovens, por isso, o indivíduo tem que conviver com isso por muito tempo. É importante lembrar que no início da doença os sintomas podem ser resolvidos com o tratamento médico”, afirma.

Cura
Até 1997 a doença não tinha tratamento. No final da década de noventa, os profissionais da área começaram a investir em equilibrar o sistema imunológico e, consequentemente, o organismo deixaria de destacar a bainha de mielina como agente agressor.
Segundo Maria Fernanda são quatro tipos de imonomoduladores (tratamento medicamentoso) que contribuem para evitar a recorrência dos sintomas frequentes. “O tratamento é caro, mas está na lista do SUS (Sistema Único de Saúde). Por outro lado, a doença não tem cura, mas pode ser controlada com remédios que espaçam os surtos de quem tem EM”, explica.
Em contrapartida, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla destaca a importância de o paciente trabalhar com terapias. “Dança, musicoterapia, aromaterapia, tai shi shuan, psicologia, aulas de artesanato, entre outros, estimula o lado neuroreabilitacional. Isto é, com os trabalhos, melhoram as ações motoras, cognitivas e sociais”, afirma Maria Fernanda.


Sobre a ABEM
Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo – SP – Brasil
Fone: (11) 5587-5584 / Fax: (11) 5581-9233 / abem@abem.org.br

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