quarta-feira, 20 de março de 2013

Partos normais e naturais sem intervenções médicas e cesarianas, você conhece quais são as preferências femininas na hora de dar à luz?



Nascimentos naturais em residências e na água ganham adeptas, mas médicos não aprovam decisão

Uma pesquisa da Birth, publicação especializada em cuidados perinatais, divulgou recentemente que os partos realizados em residências cresceram 20% entre 2004 e 2008. Na Holanda, porém, o aumento é ainda maior, e representa 40% do total de partos. Os partos naturais geralmente são realizados nas casas das mães ou em casas de partos sem intervenção médica. Nestes casos, parteiras ou doulas são as responsáveis por ajudar as mães na hora do nascimento do filho.

Com o crescimento de mulheres que escolhem a opção de parto natural, o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) não apóia ou recomenda estas modalidades de partos, pois o risco para mãe e bebê existem, além disso, o ambiente hospitalar é o mais indicado para qualquer urgência que aconteça durante o procedimento.

A ginecologista Barbara Murayma concorda com a opinião do Cremesp e afirma ser contra partos realizados fora de hospitais. “Não recomendo e não concordo com esses procedimentos. Não há como realizar esterilização adequada de materiais. Em caso de qualquer complicação, que necessite de conversão para cesárea, nem sempre há tempo hábil para remoção da paciente”, diz.

A assistência à mãe e ao bebê também é prejudicada, segundo Barbara. “É possível realizar um parto natural, sem anestesia e sem soro, mas em ambiente hospitalar, para em casos de quaisquer riscos, as medidas necessárias sejam tomadas rapidamente”, afirma.

Os principais riscos para qualquer parto seja ele natural ou com intervenção médica, são o de hemorragia e infecção pós-parto. “No caso de cesárea, como há abertura da barriga, esses riscos podem ser maiores. Em casos de cesárea e parto com analgesia, há também os riscos próprios para qualquer anestesia, como reação as medicações utilizadas, por exemplo. Mulheres que já têm cesáreas prévias têm um risco aumentado de rotura uterina, que pode levar a morte do bebê”, afirma Barbara.

Vale lembrar que, embora haja recomendações médicas, um dos problemas que os obstetras também enfrentam é o desejo ao parto natural a qualquer custo. “O objetivo é oferecer o melhor para a mãe e para o bebê, com o menor risco possível. Por isso, acredito que é certo realizar um parto natural em ambiente hospitalar, mas a paciente deve estar ciente que a qualquer problema, o médico deverá intervir para sucesso do parto, seja via vaginal ou cesárea”, explica a ginecologista.

Para as futuras mamães, o mais importante é conversar com o médico durante o pré-natal, expor as vontades e checarem quais são as convicções do seu médico, para que seja possível confiar nas decisões que o obstetra tiver de tomar na ocasião.

Entenda os partos:
Vaginal: popularmente chamado de parto normal com anestesia.  Nesta opção, o bebê sairá pelos orifícios naturais da mulher, no qual pode ser necessário um corte na vagina para facilitar a passagem da criança.

Abdominal: conhecido como cesariana, neste parto é necessário cortar todas as camadas de pele da barriga e também do útero para retirar o bebê.

Natural: igual ao parto normal, porém sem anestesia

Na água: a mulher fica dentro da água durante o período expulsivo e o bebê nasce no meio aquático, como estava no útero. A água é aquecida a 36ºC e o pai, geralmente, pode ficar junto da mãe dentro do local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, seja membro deste blog, indique este blog.