sábado, 9 de março de 2013

Corrimento vaginal: saiba o que é e como evitar o incômodo


Fluxo vaginal anormal com cheiro desagradável atinge cerca de 80% das mulheres que procuram ginecologista

O corrimento vaginal é considerado normal pelos ginecologistas quando são brancos, transparentes e inodoros. Quando apresentam fluxo intenso, cor amarelada ou esverdeada, odor desagradável, ardência ou coceira é hora de procurar um ginecologista para investigar as causas dos sintomas que estão alterando a flora vaginal. O odor fétido geralmente ocorre em casos de corpo estranho dentro da vagina ou câncer genital. Já os corrimentos de cores amarelas ou esverdeadas podem ser Doenças Sexualmente Transmissíveis.

De acordo com a ginecologista Glene Rodrigues o corrimento vaginal faz parte do organismo feminino e pode ser considerado normal. “Existe uma flora vaginal natural formada principalmente a partir da adolescência quando ocorre a vinda dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, que entre as suas funções está a de proteger a vagina”, explica.
Os corrimentos considerados normais são brancos, transparentes e inodoros, similares a uma clara de ovo. “As secreções normais não causam sintomatologia e podem ocorrer em maior ou menor quantidade no período pré, pós-menstrual e ovulatório”, completa.

Entre os motivos que podem causar corrimento vaginal anormal está o desequilíbrio da flora vaginal, uso de antibióticos, baixa imunidade, que leva a manifestação de corrimento patológico como a candidiase, além de sabonetes íntimos com ph ácido, uso de roupas sintéticas, germes e bactérias, má higiene, papéis higiênicos perfumados, DST, absorventes intra vaginais, feridas do colo uterino, etc. Em muitos casos, os corrimentos anormais vêem acompanhados de dores durante a relação sexual e coceira.

Para diagnosticar as causas do corrimento vaginal, a paciente deve primeiramente procurar um ginecologia para realizar exames como papanicolau, bacterioscopia, cultura e antibiograma de secreção vaginal e pesquisa especifica de clamídia (DST) e gonorreia em secreção vaginal. “O tratamento geralmente é feito com antimicóticos orais e vaginais, assim como antibióticos orais e em cremes vaginais de acordo com o tipo do corrimento. O parceiro, em alguns casos, também deve ser tratado”, afirma Glene.

É comum também a paciente ter o corrimento frequentemente, ou seja, após o tratamento ele volta. Nestes casos, as relações sexuais devem ser feitas sempre com uso do preservativo, além de reavaliar hábitos de higiene e realizar tratamentos mais prolongados.

Bons hábitos podem te proteger! 
- Prefira o uso de calcinhas de algodão às sintéticas, pois essas aumentam a umidade do local
- Evite usar roupas apertadas que abafem a região genital
- Dê preferência ao sabonete neutro para lavar as partes íntimas
- Evite o uso de absorventes diários, pois dificultam a transpiração da pele
- Evite o uso do chuveirinho como duchas íntimas, pois podem atacar a flora vaginal
- Se possível, durma sem calcinha


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