sábado, 9 de março de 2013

Você sabe a diferença entre Escoliose, Hipercifose e Hiperlordose?



Aquela dor nas costas que parece inofensiva pode indicar problemas de desvios e deformações na coluna

Praticar exercícios físicos regularmente, evitar carregar peso ou objetos pesados de um só lado do corpo, manter a postura adequada durante o dia-a-dia e a ergonomia correta no ambiente de trabalho, são alguns cuidados que devemos ter para evitar problemas em ossos e articulações. Mas, você sabe qual a diferença entre hiperlordose, hipercifose e escoliose? Estas definições englobam desvios e deformações na coluna, que não devem ser confundidos com uma simples dor nas costas.

Pacientes com hiperlordose apresentam aumento anormal da curvatura lombar. A chamada hiperlordose é caracterizada quando a curvatura ultrapassa os 60 graus na coluna cervical e, em alguns casos, entre 40 e 60 graus na coluna lombar. Os sintomas mais comuns são: dor nas costas e alteração na postura, principalmente quando a pessoa fica muito tempo em pé.

Para a fisioterapeuta da Acquaterapia Roberta Del Grande, a hiperlordose pode surgir por fatores genéticos e também por desequilíbrio dos músculos ou tensão na musculatura. “A coluna com um alinhamento inadequado e sem alongamento estressa as estruturas durante as atividades diárias, ocupacionais e físicas, o que pode causar dores na região das costas por sobrecarga”, afirma.

Já a hipercifose, patologia típica na adolescência, possui como causa principal a má postura, sendo caracterizada por acentuada curvatura localizada na coluna dorsal. Alguns dos sintomas mais comuns englobam a cabeça projetada à frente do restante do corpo e ombros rodados para dentro.

Segundo a fisioterapeuta, as hipercifoses podem surgir ao longo da vida devido a fatores de posturas inadequadas em suas atividades, porém, em alguns casos, a patologia existe também em idosos, que pode ser causada devido ao achatamento das vértebras torácicas. “Para os dois casos, o trabalho de reeducação postural, alongamento e fortalecimento para melhor equilíbrio da musculatura envolvida é o tratamento mais indicado para a doença”, explica Roberta.

No caso da escoliose, a patologia é considerada como uma torção da coluna vertebral. Trata-se de um desvio tridimensional, já que a coluna vertebral desvia-se em três planos. Pacientes com esta patologia geralmente não sentem dor durante a juventude, os sintomas são mais comuns na fase adulta. “As principais queixas são dos pais, que vêem alterações na estética dos filhos, que apresentam assimetrias no tronco, como um ombro mais elevado que o outro. O tratamento fisioterápico com alongamentos e utilizando técnicas de respiração são essenciais para a manutenção do quadro”, afirma Roberta.

Além da estética, a escoliose severa pode comprometer a mobilidade do gradil costal e da expansão pulmonar. Já a patologia mais leve pode ser assintomática, mas também pode causar dores por sobrecarregar e desequilibrar as estruturas envolvidas na região da coluna torácica.

Pais e responsáveis devem ficar atentos aos tipos de desvios na coluna citados acima, principalmente na fase de crescimento e adolescência dos filhos, período em que é mais fácil observar tais patologias. Assim, é aconselhável procurar atendimento com um médico de confiança, que poderá traçar o melhor tratamento para cada caso.

Na opinião da fisioterapeuta Roberta Del Grande, os tratamentos mais adequados para os desvios de coluna caminham para o sucesso quando médicos e fisioterapeutas trabalham em conjunto. “Com um correto diagnóstico precoce, um trabalho postural adequado, como RPG e pilates, algumas adaptações posturais no dia-a-dia, as chances de reabilitação aumentam, podendo reduzir o desvio e melhorar a qualidade de vida do paciente”, afirma.

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