Aquela dor nas
costas que parece inofensiva pode indicar problemas de desvios e deformações na
coluna
Praticar
exercícios físicos regularmente, evitar carregar peso ou objetos pesados de um
só lado do corpo, manter a postura adequada durante o dia-a-dia e a ergonomia
correta no ambiente de trabalho, são alguns cuidados que devemos ter para
evitar problemas em ossos e articulações. Mas, você sabe qual a diferença entre
hiperlordose, hipercifose e escoliose? Estas definições englobam desvios e
deformações na coluna, que não devem ser confundidos com uma simples dor nas
costas.
Pacientes
com hiperlordose apresentam aumento anormal da curvatura lombar.
A chamada hiperlordose é caracterizada quando a curvatura ultrapassa os 60
graus na coluna cervical e, em alguns casos, entre 40 e 60 graus na coluna
lombar. Os sintomas mais comuns são: dor nas costas e alteração na postura,
principalmente quando a pessoa fica muito tempo em pé.
Para
a fisioterapeuta da Acquaterapia Roberta Del Grande, a hiperlordose pode surgir
por fatores genéticos e também por desequilíbrio dos músculos ou tensão na
musculatura. “A coluna com um alinhamento inadequado e sem alongamento estressa
as estruturas durante as atividades diárias, ocupacionais e físicas, o que pode
causar dores na região das costas por sobrecarga”, afirma.
Já a
hipercifose,
patologia típica na adolescência, possui como causa principal a má postura,
sendo caracterizada por acentuada curvatura localizada na coluna dorsal. Alguns dos sintomas mais comuns englobam a cabeça
projetada à frente do restante do corpo e ombros rodados para dentro.
Segundo a fisioterapeuta, as hipercifoses podem
surgir ao longo da vida devido a fatores de posturas inadequadas em suas
atividades, porém, em alguns casos, a patologia existe também em idosos, que
pode ser causada devido ao achatamento das vértebras torácicas. “Para os dois
casos, o trabalho de reeducação postural, alongamento e fortalecimento para
melhor equilíbrio da musculatura envolvida é o tratamento mais indicado para a
doença”, explica Roberta.
No caso da escoliose, a patologia é considerada como uma
torção da coluna vertebral. Trata-se de um desvio tridimensional, já que a
coluna vertebral desvia-se em três planos. Pacientes com esta patologia
geralmente não sentem dor durante a juventude, os sintomas são mais comuns na
fase adulta. “As principais queixas são dos pais, que vêem alterações na
estética dos filhos, que apresentam assimetrias no tronco, como um ombro mais
elevado que o outro. O tratamento fisioterápico com alongamentos e utilizando
técnicas de respiração são essenciais para a manutenção do quadro”, afirma
Roberta.
Além da estética, a escoliose severa pode
comprometer a mobilidade do gradil costal e da expansão pulmonar. Já a
patologia mais leve pode ser assintomática, mas também pode causar dores por
sobrecarregar e desequilibrar as estruturas envolvidas na região da coluna
torácica.
Pais e responsáveis devem ficar atentos aos tipos
de desvios na coluna citados acima, principalmente na fase de crescimento e
adolescência dos filhos, período em que é mais fácil observar tais patologias.
Assim, é aconselhável procurar atendimento com um médico de confiança, que
poderá traçar o melhor tratamento para cada caso.
Na opinião da fisioterapeuta Roberta Del Grande,
os tratamentos mais adequados para os desvios de coluna caminham para o sucesso
quando médicos e fisioterapeutas trabalham em conjunto. “Com um correto
diagnóstico precoce, um trabalho postural adequado, como RPG e pilates, algumas
adaptações posturais no dia-a-dia, as chances de reabilitação aumentam, podendo
reduzir o desvio e melhorar a qualidade de vida do paciente”, afirma.
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